Pesquisa revela que 65% dos brasileiros apoiam redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais
Uma recente pesquisa conduzida pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados aponta que a maioria dos brasileiros é favorável à redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais. De acordo com o estudo, realizado entre os dias 10 e 15 de janeiro de 2025, 65% dos entrevistados apoiam a mudança na carga horária laboral.
A pesquisa ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos, em todas as 27 unidades federativas do país. A amostra revelou que 27% dos participantes são contrários à redução da jornada de trabalho, enquanto 5% se mostraram indiferentes e 3% não souberam responder.
Os benefícios percebidos com a redução da jornada de trabalho incluem a melhoria na qualidade de vida, mencionada por 65% dos entrevistados, e o aumento na produtividade, apontado por 55% dos participantes. Além disso, 45% acreditam que tal medida impulsionaria o desenvolvimento social e 40% veem potencial para fomentar o desenvolvimento econômico do Brasil. A pesquisa também mostra que 35% dos entrevistados pensam que a diminuição das horas de trabalho poderia aumentar a lucratividade das empresas.
No contexto de propor uma escala de seis dias de trabalho por um dia de folga, 54% dos entrevistados se posicionaram contra, enquanto 39% foram favoráveis à proposta. A respeito da Proposta de Emenda à Constituição conhecida como "PEC da escala 6×1", que está atualmente em análise na Câmara dos Deputados e visa estabelecer uma jornada máxima de trabalho semanal de 36 horas, divididas em quatro dias de trabalho com três dias de folga, sem redução salarial, 63% dos pesquisados mostraram-se a favor, contra 31% que se opuseram à proposta.
Além disso, uma parcela significativa dos entrevistados (42%) acredita que a alteração proposta seria positiva para o país, enquanto 30% acham que seria negativa e 22% pensam que não faria diferença.
Se a jornada de trabalho fosse reduzida, 47% dos entrevistados disseram que utilizariam o tempo livre para dedicar-se à família, 25% para cuidar da saúde, 22% para fazer renda extra, e 17% para investir em cursos e capacitações profissionais.
Essa pesquisa reflete um crescente interesse na revisão das diretrizes de trabalho, visando otimização da convivência social e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros. A discussão segue em pauta no governo e na sociedade, indicando possíveis mudanças estruturais nos padrões de trabalho no Brasil.
Seis em cada 10 brasileiros apoiam a redução da jornada de trabalho
Economia