BNDES Libera R$ 50 Milhões para Continuidade da Reconstrução do Museu Nacional
Na última terça-feira (2), o Museu Nacional, associado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e localizado na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro, recebeu um importante incentivo financeiro para prosseguir com suas obras de reconstrução. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de um aporte financeiro não reembolsável de R$ 50 milhões, em cerimônia realizada no histórico Paço de São Cristóvão.
Este novo financiamento do BNDES soma-se a outros já realizados nos anos de 2018, no valor de R$ 21,7 milhões e em 2020, de R$ 28,3 milhões, alcançando um total de R$ 100 milhões investidos na recuperação deste que é um dos mais significativos museus do Brasil, severamente danificado por um grande incêndio em setembro de 2018.
O presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, destacou durante o evento a importância estratégica do Museu e sua função na sociedade: “O Museu Nacional é fundamental no resgate e na preservação da nossa história em suas diversas dimensões. A reconstrução deste espaço, que herdamos do período imperial, é crucial para manter viva a memória cultural brasileira.”
Além do recurso liberado, o BNDES tem planos para estabelecer um fundo patrimonial que assegure a sustentabilidade financeira de longo prazo do Museu Nacional. Mercadante revelou que este fundo permitirá realizar reformas, manutenções e proporcionar um orçamento estável, garantindo que o museu não dependa exclusivamente dos orçamentos anuais da União.
Para a conclusão total das obras, programada para 2028, ainda são necessários aproximadamente R$ 170 milhões. Deste total, segundo o presidente do BNDES, R$ 101 milhões estão em fase final de negociação e conversas estão em andamento para os R$ 70 milhões restantes. "Com a liberação dos R$ 50 milhões, fechamos o orçamento até 2026", afirmou Mercadante, salientando que é fundamental garantir os recursos para completar a obra até 2028.
Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e membro do Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive, ressaltou a importância do suporte do BNDES e enfatizou que o gesto do banco vai muito além do apoio financeiro, sendo também uma ação estratégica para a cultura e sociedade brasileiras.
O Museu Nacional foi fundado em 1818 por D. João VI e é considerado a primeira instituição museológica e científica do Brasil. Atualmente, integra o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e, desde 1892, está sediado no Paço de São Cristóvão, antiga residência da família imperial.
Roberto Medronho, reitor da UFRJ, também present no evento, ressaltou a importância da cultura, ciência e educação para o desenvolvimento do país. "A reconstrução desse museu não apenas preserva nossa história, como também reafirma o compromisso com a educação e cultura nacionais", concluiu.
(Fotos: Tomaz Silva/Agência Brasil)
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