O renomado escritor e poeta Paulo Henriques Britto foi eleito nesta quinta-feira (22) para ocupar a cadeira número 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), posição que estava vaga desde o falecimento da escritora Heloisa Teixeira, em março deste ano. A escolha foi definida através de votação, na qual Britto obteve 22 votos, enquanto o poeta e jornalista Salgado Maranhão recebeu 10 votos.
Britto, que já publicou 14 livros abrangendo poesia, ensaios e até obras infantojuvenis, é amplamente conhecido por sua excepcional contribuição como tradutor. Entre suas traduções, destacam-se obras de gigantes da literatura de língua inglesa como Jonathan Swift, Charles Dickens, Henry James, Virginia Woolf, V. S. Naipaul, Thomas Pynchon e James Baldwin. Na poesia, traduziu nomes como Byron, Wallace Stevens, Elizabeth Bishop e Frank O’Hara.
O presidente da ABL, Merval Pereira, expressou grande satisfação com a eleição de Britto, enfatizando sua habilidade de trazer novas perspectivas sobre poesia e cultura nacional para a Academia. Ele descreveu Britto como “o maior tradutor de língua inglesa que temos, um crítico literário profundo e um poeta de múltiplas funções”, qualidades que, segundo ele, serão muito úteis para a Academia.
Outros membros da ABL também teceram elogios ao novo acadêmico. Lilia Schwarcz destacou a sensibilidade e a maestria de Britto como poeta e tradutor, enquanto Antonio Torres o descreveu como um “belo poeta e grande tradutor”, além de um colega com excelente convívio social e um mestre nas letras.
O ingresso de Paulo Henriques Britto na ABL não só preenche um espaço importante deixado por Heloisa Teixeira, mas também promete enriquecer ainda mais as discussões e o trabalho desenvolvido pela instituição no campo da literatura e cultura brasileiras.
Escritor e poeta Paulo Henriques Britto é eleito para a ABL
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