Na sequência da rejeição do decreto que previa uma elevação no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ambiente no mercado financeiro brasileiro se mostrou mais estável. Na quinta-feira, observou-se uma diminuição significativa na volatilidade com o dólar recuando para abaixo de R$ 5,50 e o principal índice da bolsa, o Ibovespa, avançando quase 1%. Contribuíram para esse cenário uma inflação em queda e um contexto internacional favorável, amenizando as tensões recentes.
No fechamento do mercado de câmbio, o dólar comercial foi negociado a R$ 5,498, diminuindo R$ 0,055, o que representa uma queda de 1,02%. A moeda apresentou um comportamento de queda desde os primeiros minutos do dia, encerrando perto de sua menor cotação diária. Este mês, o dólar já acumulou uma desvalorização de 3,88% e, ao longo de 2025, a redução acumulada chegou a 11,01%.
Na esfera do mercado de ações, após a queda na quarta-feira, houve uma recuperação expressiva no dia seguinte. O Ibovespa fechou em alta de 0,99% aos 137.114 pontos, com a maioria das ações principais apresentando ganhos. No acumulado do ano de 2025, o índice já soma uma elevação de 13,99%.
A decisão do Congresso em derrubar o aumento do IOF foi um catalisador positivo, surtindo efeitos imediatos no mercado. A decisão provocará uma diminuição estimada em R$ 12 bilhões nas receitas federais, conforme divulgado pela Receita Federal, pressionando o governo a implementar cortes nos gastos.
Outro fator de influência positiva foi o recuo da inflação. O IPCA-15 indicou uma inflação preliminar de apenas 0,26% em junho, abaixo da expectativa de mercado. Esse cenário favorável de inflação influenciou positivamente o mercado de ações, à medida que cria expectativas de possíveis cortes na taxa Selic pelo Banco Central.
Internacionalmente, elementos como a manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irã e dados indicando uma desaceleração na economia americana contribuíram para um otimismo cauteloso entre investidores. Espera-se que o Federal Reserve possa reduzir as taxas de juros nos EUA ainda este ano, o que poderia favorecer economias emergentes, incluindo o Brasil.
*Com informações da Reuters
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Dólar cai para R$ 5,49 com derrubada de alta do IOF e inflação menor
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