Consumo Robusto em Favelas Brasileiras: Um Olhar Diferente
Um estudo recente, organizado pela Central Única das Favelas (Cufa) e realizado pelo instituto Data Favela, revelou dados surpreendentes sobre o consumo e as condições de vida nas favelas brasileiras. A pesquisa, que contou com a colaboração de mil voluntários, ouviu 16 mil pessoas em diversas favelas do país.
Contrariando estereótipos, os resultados indicam uma realidade de consumo vibrante. Cerca de 83% dos entrevistados priorizam produtos que combinam preço acessível e qualidade. Além disso, 85% dos moradores expressaram a sensação de realização ao conseguir comprar produtos anteriormente inacessíveis, destacando o consumo como símbolo de conquista e inclusão.
A pesquisa também apontou desafios como o sentimento de exclusão, com 62% dos entrevistados se sentindo marginalizados por não poderem acessar produtos da moda devido a restrições financeiras, e 50% já experienciaram humilhações por não conseguirem adquirir certos produtos.
Focado nas preferências de consumo, o estudo revela que plataformas como Shopee, Mercado Livre e Shein são amplamente utilizadas, com Shopee liderando a preferência de 40% dos entrevistados. As intenções de compras futuras incluem roupas, itens de beleza e perfumaria, e material de construção.
A análise também destacou a preocupação com a aparência, com 77% dos entrevistados valorizando cuidados pessoais, e 57% tratando produtos cosméticos como essenciais.
Ademais, o estudo abordou os anseios pessoais dos moradores. Os principais desejos incluem melhores condições de moradia, mais acesso a serviços de saúde e segurança, além de infraestrutura adequada como saneamento básico e iluminação eficiente.
Em conclusão, o estudo traça um perfil de consumo ativo e desejos de melhorias significativas nas condições de vida das comunidades em favelas, proporcionando uma nova perspectiva sobre esses espaços frequentemente estigmatizados.
Fotos de Tânia Rêgo/Agência Brasil – Imagens ilustrativas do estudo mostram as condições e o dia a dia nas favelas do Complexo do Alemão.
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Tendência de consumo em favelas foge de estereótipo da pobreza extrema
Economia