Ministra Sônia Guajajara destaca a importância dos compromissos internacionais na COP30
Com apenas três meses restantes para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro em Belém, Pará, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a necessidade de cobrar dos países desenvolvidos os compromissos assumidos no Acordo de Paris durante a entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, pelo Canal Gov da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Durante a entrevista, a ministra enfatizou que é essencial que todos os países, e não apenas o Brasil, assumam responsabilidades conjuntas nesse encontro global da ONU, que inclui 198 nações. A principal demanda dos povos indígenas para a COP30 é o reconhecimento de seus territórios como cruciais para a mitigação das mudanças climáticas, dada a preservação e biodiversidade que representam.
A ministra também comentou a realização da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas que se deu em Brasília, destacando o caráter inclusivo do evento. Em resposta às preocupações sobre os altos custos de hospedagem em Belém e os desafios logísticos da região Amazônica, Guajajara assegurou que não há planos de mudar o local do evento e reforçou que o foco deve permanecer nas urgentes necessidades climáticas.
Além disso, informou sobre os esforços do Ministério dos Povos Indígenas em realizar o Ciclo Coparente em várias regiões do Brasil para preparar líderes indígenas para as negociações. Com visitas programadas ao Amazonas e Roraima, o programa visa fortalecer a presença e a voz dos povos indígenas nas discussões internacionais.
Finalmente, afirmou que a COP30 será um marco, sendo a primeira a ocorrer na Amazônia, refletindo um foco ampliado na floresta e na inclusão dos povos indígenas nas negociações globais. A preparação contínua expandirá o número de lideranças indígenas capacitadas para atuar em palcos globais, fortalecendo assim a representação e a influência dos indígenas nas decisões climáticas internacionais.
Ministra cobra de países desenvolvidos cumprimento do Acordo de Paris
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