O governo brasileiro emitiu uma nota de repúdio à morte de seis jornalistas da Al Jazeera, ocorrida durante um ataque israelense na Faixa de Gaza, neste domingo (10). Os profissionais estavam próximos do hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, quando foram fatalmente atingidos por um bombardeio aéreo. Este incidente marca mais um capítulo preocupante nas ofensivas que já resultaram em mais de 240 jornalistas falecidos na região desde o início das hostilidades.
Conforme detalhado pelo Ministério das Relações Exteriores, as mortes dos jornalistas evidenciam uma “flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa”. Com isso, o Brasil exorta o governo de Israel a garantir que jornalistas possam realizar seu trabalho de maneira livre e segura em Gaza e também a remover restrições à entrada de profissionais da imprensa internacional no território.
Segundo informações contraditórias, Israel defende que um dos jornalistas falecidos, Anas Al-Sharif, seria um militante disfarçado, fato este refutado pela ONU e outros entes internacionais. Tel Aviv sustenta que tinha provas de que Al Sharif assim como outros cinco jornalistas, eram membros do Hamas e da Jihad Islâmica, baseando-se em documentos supostamente encontrados.
Além das tragédias individuais dos jornalistas Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, mortos no ataque, a situação em Gaza se deteriora com a crise humanitária que inclui uma severa fome. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou um novo movimento ofensivo que, segundo ele, visa desmantelar bases do Hamas.
Em resposta ao ataque que vitimou seus profissionais, a Al Jazeera descreveu o incidente como “uma tentativa desesperada de silenciar vozes”, antecipando movimentos para uma ocupação de Gaza.
(Não há indicação de imagens disponíveis no conteúdo original para creditar).
Brasil condena ataque de Israel a jornalistas na Faixa de Gaza
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