Brasília (Agência Brasil) – Em uma nova atualização de suas projeções econômicas, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda anunciou nesta quinta-feira (11) uma leve redução na expectativa de inflação para o ano, fixando-a em 4,8% conforme dados do Boletim Macrofiscal. A revisão anterior apontava para 4,9%.
O Boletim destaca a influência do cenário global marcado por excesso de oferta, resultado de elevações nas tarifas comerciais internacionais, incluindo as significativas impostas pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos. Tais fatores contribuíram para a revisão das expectativas de inflação, que ainda se mantêm acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 4,5%.
Conforme detalhado, a apreciação do Real e a inflação mais baixa no setor atacadista, tanto agropecuário quanto industrial, também foram essenciais para a nova projeção. Adicionalmente, o documento incorpora efeitos da bandeira amarela nas tarifas de energia elétrica previstas para dezembro deste ano.
Por outro lado, as projeções para o IPCA em 2026 se mantêm em 3,6%, apontando para uma convergência ao centro da meta a partir de 2027. Outros índices de inflação como o INPC mantiveram-se estáveis em 4,7%, enquanto o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve uma queda acentuada de 4,6% para 2,6%.
No aspecto do crescimento econômico, o relatório revisou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 2,3% em 2023, refletindo um cenário de desaceleração da atividade econômica influenciado por uma política monetária mais restritiva. Tal contexto impactou diretamente a expansão do crédito e consequentemente a atividade econômica, especialmente nos setores de transformação industrial e construção civil, além de serviços públicos.
A perspectiva para o PIB agropecuário foi ajustada para melhor, passando de uma previsão de 7,8% para 8,3%, impulsionada por uma projeção de aumento na produção de milho e algodão e abate de bovinos, mesmo considerando tarifas adicionais dos EUA e medidas compensatórias do Plano Brasil Soberano.
Créditos: Agência Brasil.
Fazenda reduz projeção da inflação de 4,9% para 4,8% este ano
Economia