Ministro Alexandre de Moraes Nega Extinção de Pena e Outros Pedidos de Mauro Cid em Caso de Trama Golpista
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira (16) uma série de pedidos feitos pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, envolvendo a extinção da punibilidade, a restituição dos passaportes, a retirada da tornozeleira eletrônica e o desbloqueio de bens. Cid, que foi um dos condenados no contexto de uma trama para golpe de Estado, encontra-se sob medidas restritivas desde maio de 2023.
A defesa de Cid solicitou ao STF que considerasse extinta a punibilidade do militar, alegando que este já havia cumprido a pena de 2 anos de prisão em regime aberto, imposta após um acordo de delação premiada. Segundo os argumentos, Cid estaria com restrições de liberdade há mais de dois anos e quatro meses, contabilizando o período de prisão preventiva e as medidas cautelares.
No entanto, ao analisar o caso, Moraes afirmou que os pedidos só podem ser avaliados após o trânsito em julgado da ação penal, isto é, quando não houver mais possibilidade de recursos. “Considerando que o momento processual adequado para análise dos pedidos formulados será com o início da execução da pena e após o trânsito em julgado da presente ação penal, indefiro requerimento formulado pelo réu Mauro César Barbosa Cid”, declarou o ministro.
Recentemente, a Primeira Turma do STF condenou tanto Bolsonaro quanto Cid e outros seis réus por crimes que incluíam organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, além de danos qualificados pela violência a patrimônio tombado. Essas condenações fazem parte de um contexto mais amplo de tentativas de desestabilização política no país.
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Moraes nega extinção da pena de Mauro Cid e devolução de passaporte
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