Em um gesto simbólico de protesto, delegações de diversos países, incluindo a brasileira, deixaram o plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas simultaneamente à subida ao parlatório do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta sexta-feira. A ação reflete a desaprovação das contínuas operações militares israelenses na Faixa de Gaza, que persistem há quase dois anos e resultaram em mais de 60 mil vítimas.
Durante o início do discurso de Netanyahu, foi necessário apaziguar os ânimos com um pedido por ordem na sala pelo mestre de cerimônias. Com sua audiência drasticamente reduzida, Netanyahu defendeu que as ameaças enfrentadas por Israel são desafios comuns a todo o mundo civilizado, apontando que seus adversários visam retroceder progressos globais com uma ideologia extremista.
No contexto desta Assembleia, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, havia anteriormente denunciado os ataques israelenses como genocídio, argumento que apresentou em seu discurso de abertura na terça-feira. Ele condenou os atos terroristas do Hamas, mas criticou severamente a resposta militar de Israel que, segundo ele, viola preceitos de direito humanitário internacional e desafia noções de ética no Ocidente.
A questão permanece delicada, e até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil optou por não comentar além do que já foi expresso oficialmente sobre esses eventos. A situação na ONU reitera a tensão crescente em torno dos prolongados conflitos em Gaza e a busca por uma resolução que respeite os direitos e a segurança de todas as partes envolvidas.
Delegações deixam cadeiras vazias durante discurso de Netanyahu na ONU
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