Hansi Flick cobra mais intensidade no Barcelona
A diretoria do Barcelona expressou sua preocupação após os recentes reveses contra Paris Saint-Germain e Sevilla, mas rejeita um cenário alarmista. Durante a pausa para as datas FIFA, o treinador Hansi Flick e sua comissão técnica analisaram minuciosamente as derrotas. As duas partidas, embora com resultados iguais, apresentaram situações bem distintas que exigem respostas diferenciadas.
Antes da liberação do elenco para compromissos internacionais, Flick foi claro em sua expectativa: trabalho árduo, dedicação total e renovação do espírito competitivo são imperativos para a equipe ao retornar. A intensidade durante os treinos tornou-se um centro da filosofia do técnico, que ajudou o clube a conquistar o triplete nacional na última temporada e o levou perto da final da Liga dos Campeões em Munique. O diagnóstico interno aponta para uma queda perceptível no ritmo, especialmente no pressing alto, um componente essencial que precisa ser restabelecido.
Apesar da situação atual na tabela não ser alarmante—com números similares aos do ano passado na Liga dos Campeões e apenas dois pontos de diferença para o Real Madrid em La Liga—Flick enfatiza que é hora de abandonar as desculpas e adotar uma postural proativa.
Ademais, as ausências significativas de jogadores essenciais têm agravado o cenário. Raphinha e Lamine Yamal, por exemplo, já perderam jogos importantes devido a lesões, enquanto Fermín López também ficou fora das últimas partidas. Recentemente, Gavi sofreu uma lesão que o afastará por cinco meses, e o goleiro Joan Garcia ainda não tem previsão de retorno.
A volta de Raphinha, Fermín e Lamine é uma boa notícia, que pode rejuvenescer o jogo do clube. Flick, ao considerar a realocação de Marcus Rashford para o centro do ataque, também busca manter sua identidade tática. Embora o sistema de pressão alta continue, ajustes nos posicionamentos podem facilitar a vida do jogador inglês e abrir oportunidades para que Raphinha atue mais à esquerda.
Os atletas estão cientes das autocríticas necessárias, e jogadores como Pedri e Cubarsí destacaram as falhas coletivas enfrentadas não só contra o PSG e Sevilla, mas também em outras competições. Os únicos jogos com desempenho considerado positivo ocorreram no Estadi Johan Cruyff, contra Valencia e Getafe, onde a eficiência e a pressão foram bem aplicadas.
Flick está focado em ajustar não apenas a parte ofensiva da equipe, mas também a defesa. Com a saída inesperada de Iñigo Martínez, que era crucial por seu perfil canhoto, o técnico considera que o Barcelona pode precisar se movimentar no mercado de janeiro, em busca de opções na defesa e possivelmente de um centroavante, caso a adaptação de Rashford não se prove efetiva.
A partir de segunda-feira, quando os jogadores não convocados para seleções retornarem aos treinos, o foco se ajustará ao aprimoramento do nível competitivo. A comissão técnica estipulou metas claras: reestabelecer a agressividade na pressão, melhorar a circulação da bola em transições ofensivas e garantir um posicionamento defensivo mais coordenado.