Em discussão recente promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a necessidade de redução da gravidez na adolescência como chave para diminuir a desigualdade na América Latina. Segundo Padilha, envolver espaços educacionais e religiosos é crucial para enfrentar esta questão.
Durante o evento, Padilha expressou a importância de um diálogo aberto com líderes religiosos, acreditando que essas lideranças podem influenciar positivamente suas comunidades. “Não tem como enfrentar a gravidez na adolescência no Brasil se a gente não conseguir entrar nas igrejas que estão nos nossos territórios”, declarou o ministro. Ele também ressaltou a necessidade de abordar o tema nas escolas para ampliar a conscientização sobre o assunto.
Além disso, o ministro mencionou a reestruturação da atenção primária afetada pela pandemia de COVID-19, apontando para uma necessidade de os profissionais de saúde conhecerem melhor os contextos locais para oferecer um serviço mais eficiente. Este reenfoque busca melhorar a assistência e disponibilizar tecnologias importantes, como a caderneta digital do adolescente e implantes contraceptivos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O evento em questão, o Futuro Sustentável – Prevenção da Gravidez na Adolescência na América Latina e Caribe, visa fortalecer a cooperação regional e moldar políticas públicas mais efetivas nessa área. Segundo a UNFPA, a América Latina ainda apresenta taxas elevadas de gravidez na adolescência, contribuindo para a pobreza e evasão escolar.
Essas informações evidenciam o comprometimento brasileiro com a redução desse índice, tanto em nível nacional quanto internacional, destacando os esforços para que questões de saúde da adolescência ganhem espaço nos debates de alto nível governamental. As políticas públicas que emergem dessas discussões têm o potencial de mudar o curso dessa problemática na região.
[Foto: José Cruz/Agência Brasil]
Gravidez na adolescência deve ser debatida nas igrejas, diz ministro
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