Potencial bilionário em créditos de carbono na Amazônia Legal: Perspectivas até 2030
Os estados da Amazônia Legal podem arrecadar até 21,6 bilhões de dólares com a venda de créditos de carbono até 2030, revela estudo do Earth Innovation Institute (EII). Esse valor surge num contexto em que o preço dos créditos varia entre 10 e 20 dólares.
De acordo com o EII, um instituto sem fins lucrativos que apoia estratégias de baixo carbono, seis estados já estão desenvolvendo programas de REDD+ Jurisdicional com seu auxílio. São eles: Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins. Amazonas, Maranhão e Piauí também estão estruturando ou já implementando iniciativas semelhantes.
O REDD+ Jurisdicional é um mecanismo integrado que coloca os governos estaduais no centro da comercialização dos créditos. Ele permite que entidades poluidoras compensem suas emissões através do financiamento de projetos de conservação e manejo sustentável em grandes áreas, diferentemente dos projetos de REDD+ tradicionais que operam em escala local ou comunitária.
Este modelo é considerado uma forma eficaz de reduzir emissões por desmatamento e degradação florestal, e, segundo o EII, poderia reduzir drasticamente o desmatamento na região. A expectativa é que o desmatamento caia 90% até 2030 e 98% até 2050, caminhando para a eliminação do desmatamento ilegal.
A pesquisa estima também que, apenas em créditos de carbono resultantes das reduções já alcançadas entre 2023 e 2024, o valor poderia chegar a 1,7 bilhão de dólares, um montante que representa o investimento total do Fundo da Amazônia ao longo de 16 anos.
Este estudo ilustra um panorama promissor para os estados da Amazônia Legal na luta contra as mudanças climáticas e na busca por desenvolvimento sustentável, destacando a importância da regulamentação estadual para a efetivação deste mercado até 2026, quando os pagamentos devem começar a ser realizados.
Potencial de estados com crédito de carbono na Amazônia passa de 10 bi
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