No Dia Nacional de Combate à Poluição, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou um investimento significativo de R$ 30 milhões para combater a contaminação por bifenila policlorada (PCB), também conhecida como ascarel. Este composto químico, que já foi amplamente usado como isolante elétrico, tem sido associado a sérios riscos ambientais e à saúde.
O uso de PCBs foi proibido globalmente após estudos indicarem seus efeitos nocivos, incluindo a possibilidade de causar câncer, problemas neurológicos e distúrbios hormonais. “As bifenilas policloradas são altamente tóxicas e foram classificadas como um Poluente Orgânico Persistente (POP) pela Convenção de Estocolmo, da qual o Brasil é signatário”, destaca Thaiane Resende, diretora de Qualidade Ambiental do MMA.
Para enfrentar esse desafio, o governo brasileiro estabeleceu legislação específica, que inclui prazos e obrigações para a eliminação dos equipamentos contaminados. “Estamos lidando com mais de 500 mil toneladas de material contaminado que precisam ser adequadamente destinadas até julho de 2025”, informou Resende. O prazo final para a eliminação ambientalmente segura desses materiais é 2028.
Além dos recursos financeiros, o MMA desenvolveu o Projeto PCB Responsável, uma plataforma online que fornece informações detalhadas sobre como proceder após a identificação de PCBs. Essa iniciativa facilita o acesso a empresas licenciadas e especializadas na eliminação desses materiais. Os valores de apoio financeiro variam entre R$ 1,2 mil a R$ 3,2 mil por tonelada, dependendo da região.
“Esperamos que, com esse suporte, as instituições possam cumprir suas obrigações legais e contribuir para a preservação do meio ambiente e proteção da saúde pública”, conclui a diretora Thaiane Resende.
(Fonte das imagens: EBC)
País tem desafio de eliminar equipamentos com substância tóxica PCB
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