Brasília, 16 de abril de 2025 – Os primeiros três meses de 2025 registraram uma expressiva diminuição nas áreas atingidas por queimadas no Brasil. Dados divulgados pelo Monitor do Fogo, ferramenta do MapBiomas, apontam que o total alcançou 912,9 mil hectares, uma redução de 70% em comparação com o mesmo período de 2024, que contabilizou 2,1 milhões de hectares.
Dentre os biomas afetados, a Amazônia teve uma queda significativa de 72%, com 774 mil hectares queimados, correspondendo a 78% do total nacional. Por outro lado, o Cerrado registrou um aumento de 12%, com 91,7 mil hectares incendiados, o que fica 106% acima da média histórica desde 2019.
O estado de Roraima liderou os registros, com 415,7 mil hectares queimados durante o trimestre, seguido pelo Pará e Maranhão, com 208,6 mil e 123,8 mil hectares, respectivamente. As cidades de Pacaraima e Normandia foram as mais impactadas.
Felipe Martenexen, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), destaca que a estação seca contribui para a vulnerabilidade de Roraima às queimadas. Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas Fogo, ressalta a necessidade de medidas específicas de prevenção para cada bioma, especialmente diante do aumento das áreas queimadas no Cerrado.
No último mês analisado, março de 2025, foi observada uma redução de 86% na área queimada em relação a março de 2024, com 106,6 mil hectares afetados. A diretora de Ciência do Ipam e coordenadora do Mapbiomas Fogo alerta, contudo, para a proximidade da estação seca, que poderá intensificar os focos de incêndio.
As intervenções para mitigar esses desastres ambientais continuam sendo uma prioridade para os órgãos responsáveis, visando a preservação da biodiversidade e a manutenção da qualidade de vida das populações locais.
Brasil reduz 70% da área queimada no primeiro trimestre de 2025
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