Na mais recente movimentação política em Brasília, a Câmara dos Deputados anunciou neste domingo (14) que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao seu mandato. A decisão ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter confirmado, na última sexta-feira (12), a cassação imediata de seu mandato, anulando a votação anterior da Câmara que mantinha Zambelli no cargo.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está preparado para empossar Adilson Barroso (PL-SP), o suplente de Zambelli, já na próxima segunda-feira (15). A renúncia e subsequente substituição agregam mais um capítulo à turbulenta carreira política de Zambelli, envolta em controvérsias e desafios legais.
O STF, por meio do ministro Alexandre de Moraes, anulou a resolução da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação de Zambelli, mantendo-a no cargo. A decisão do tribunal era esperada, após prolongada deliberação que culminou com a votação na Câmara, que se manifestou por 227 votos a favor e 110 contra a manutenção de Zambelli, não alcançando os 257 votos necessários para a cassação.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a decisão da Câmara de manter o mandato de Zambelli foi inconstitucional, destacando que a Constituição determina que o Poder Judiciário é quem deve definir sobre a perda do mandato de um parlamentar condenado por decisão transitada em julgado.
Além das disputas internas, a ex-deputada enfrenta problemas legais mais graves. Em julho deste ano, foi detida em Roma, Itália, tentando evitar a prisão determinada pelo ministro Moraes. Zambelli, que possui dupla cidadania, viajou para a Itália em busca de asilo político, após ter sido condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão da Justiça italiana sobre o processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro será dada na próxima quinta-feira (18).
Carla Zambelli renuncia ao mandato; Câmara dará posse ao suplente
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