Reunião Crucial no Rio Avalia Operação Policial Controversa
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, discutiram nesta segunda-feira (3) os resultados e as controvérsias da Operação Contenção na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) na capital fluminense. A operação, que é a mais letal nos últimos 15 anos, foi desencadeada nos complexos da Penha e do Alemão para inibir o avanço da facção Comando Vermelho e resultou em 121 mortes. Créditos de imagem: Agência Brasil.
Durante o encontro, Castro apresentou a Moraes, relator temporário da ADPF 635, conhecida como a ADPF das Favelas, um compêndio de dados sobre o planejamento e execução da operação. A ADPF das Favelas impõe diretrizes estritas para reduzir a letalidade em ações policiais, incluindo a obrigatoriedade de uso proporcional da força e a utilização de câmeras por parte dos agentes em serviço.
O relatório detalhado sobre o cumprimento destas diretrizes será posteriormente enviado ao STF, conforme assinalado pelo governo estadual. Moraes fez uma visita à Sala de Inteligência e Controle do CICC, local que permite monitorar, através de um sistema avançado de reconhecimento facial e câmeras operacionais portáteis, os deslocamentos em todo o estado em tempo real. Este centro é vital para a sinergia entre as variadas forças de segurança durante operações e situações de emergência.
Castro, após a reunião, mencionou que a discussão também abordou projetos futuros de retomada de territórios atualmente sob controle de facções criminosas, uma iniciativa que está sendo desenvolvida pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Ele destacou a transparência com a qual o estado está tratando as questões de segurança pública e as complexidades envolvidas no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.
A Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e, além das fatalidades, resultou em 113 prisões e a apreensão de 118 armas e uma tonelada de drogas. O governo estadual considerou a ação bem-sucedida, enquanto críticos e organizações sociais a classificaram como excessivamente violenta, descrevendo-a como uma chacina dados os elevados números de mortos e o impacto sobre a comunidade local.
Castro e Moraes reuniram-se em Centro de Comando para debater operação
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