Novo Projeto de Lei Busca Unificar Legislação Eleitoral Brasileira
Na última quarta-feira, o projeto de lei complementar PLP 112/2021, que visa consolidar todas as leis eleitorais em um único documento, teve sua leitura adiada para o dia 7 de maio. A decisão foi tomada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, após os membros solicitarem mais tempo para analisarem a extensa proposta, que contém quase 900 artigos.
A unificação das leis visa simplificar e tornar mais claras as regras eleitorais, compilando sete legislações diferentes que abrangem desde a fiscalização das urnas eletrônicas até regras sobre propaganda eleitoral na internet. O projeto abrange temas como a participação feminina na política, inelegibilidade de acordo com a Lei da Ficha Limpa, e regulamentação contra a disseminação de fake news e o uso de disparo em massa de mensagens.
Durante a apresentação do projeto, o senador Marcelo Castro (MDB/PI), relator da matéria, propôs uma emenda que estipula uma cota mínima de 20% de mulheres nas casas legislativas por um período de 20 anos. Castro esclarece que, durante esse período, os partidos não serão penalizados se não conseguirem preencher o percentual mínimo de candidaturas femininas, desde que as vagas remanescentes permaneçam vazias.
A proposta também inclui medidas para ampliar a fiscalização das eleições, atribuindo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a responsabilidade de regulamentar as etapas para votação e prever a fiscalização por diversos órgãos, incluindo as Forças Armadas.
No que tange à integridade eleitoral, o PLP 112/2021 estabelece punições severas para a divulgação de informações falsas (fake news) durante o período eleitoral, com penalidades que vão de 1 a 4 anos de prisão, além de multa.
Além disso, o projeto propõe um sistema de “quarentena” para agentes públicos que desejem se candidatar, fixando prazos específicos para o afastamento de suas funções antes das eleições, em uma tentativa de garantir maior equidade no processo eleitoral.
A votação na CCJ está prevista para ocorrer no dia 14 de maio. Para que as mudanças entrem em vigor nas eleições de 2026, o texto precisa ser aprovado até outubro deste ano.
Este projeto significativo está em processo de debate e análise detalhada, refletindo o esforço contínuo do governo brasileiro em aprimorar a legislação eleitoral e fortalecer a democracia no país.
CCJ do Senado adia análise de novo Código Eleitoral
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