A escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela alcançou novos patamares após a interceptação americana de um petroleiro destinado à China. O incidente ocorreu na costa venezuelana, onde a Guarda Costeira dos EUA apreendeu o navio “Centuries”, anteriormente conhecido como “Crag”, sob alegações de evasão de sanções impostas à Venezuela e uso de bandeira falsa.
O Ministério das Relações Exteriores da China, através do porta-voz Lin Jian, condenou veementemente a ação, categorizando-a como uma violação considerável do direito internacional. Lin Jian reiterou durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira a importância do respeito pela soberania dos países, destacando que a Venezuela mantém o direito de estabelecer relações comerciais com qualquer nação.
O petroleiro transportava aproximadamente 1,8 milhão de barris de petróleo bruto venezuelano Merey, representando uma parcela significativa do comércio entre Venezuela e China, que é um dos maiores importadores de petróleo venezuelano. Segundo informações disponíveis, essa importação corresponde a cerca de 4% do total adquirido pela China.
A ação dos EUA ocorre dias depois de anúncios feitos pelo ex-presidente Donald Trump sobre um bloqueio intensificado aos petroleiros que operam com a Venezuela, visando aumentar a pressão econômica sobre o governo de Nicolás Maduro.
O governo venezuelano manifestou sua posição, classificando o incidente como um “grave ato de pirataria internacional”. A tensão entre estas nações evidencia um cenário complexo de disputas geopolíticas e econômicas, centradas na questão dos recursos energéticos.
*com informações da Reuters.
China diz que interceptação de navios pelos EUA é “violação grave”
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