Crise Humanitária em Gaza: Mortes por Fome e Intensificação dos Conflitos
GAZA – O Ministério da Saúde da Palestina confirmou neste sábado (26) que cinco pessoas faleceram de fome e desnutrição em hospitais de Gaza nas últimas 24 horas. Este número eleva a contagem total para 127 mortes por desnutrição na região, incluindo 85 crianças. Paralelamente, 29 vítimas perderam a vida devido a ataques israelenses no mesmo período, exacerbando o sofrimento local.
Diante da urgência da situação, está programada a entrada de seis caminhões de ajuda médica fornecidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que chegarão aos hospitais de Gaza ainda hoje. Os suprimentos, no entanto, não incluem alimentos, mas são essenciais para atendimento das necessidades médicas urgentes e para salvar vidas, de acordo com as autoridades palestinas.
Em resposta a críticas internacionais sobre a sua atuação na crise, o governo de Israel declarou que já permitiu a entrada de cerca de 4,5 mil caminhões na região, incluindo mais de 700 caminhões com ajuda humanitária. A posição israelense sugere que as críticas estão sendo usadas como propaganda pelo Hamas, prejudicando as negociações para um cessar-fogo.
O cenário é ainda mais sombrio, conforme relata Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), descrevendo as pessoas em Gaza como “cadáveres ambulantes” devido à severidade da situação.
As autoridades locais também reportaram que, apenas no último dia, 512 pessoas feridas em ataques chegaram ao principal hospital de Gaza, enquanto muitas vítimas permanecem inacessíveis sob escombros ou nas ruas.
(Facilitando a compreensão: “Unicef” refere-se ao Fundo das Nações Unidas para a Infância, uma agência da ONU responsável por proporcionar ajuda humanitária e desenvolvimento a crianças e mães em países em desenvolvimento.)
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