NotíciasInternacionalCNJ suspende desembargador por apoio político nas redes

CNJ suspende desembargador por apoio político nas redes

Desembargador do TJ-RJ é Afastado por Publicações Político-Partidárias nas Redes Sociais

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar, na última terça-feira, o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por um período de 60 dias. A medida foi tomada após avaliação de que o magistrado violou normas ao publicar conteúdo de apoio político em suas redes sociais.

Apesar da acusação de tráfico de influência, paralisação irregular de processos e omissão em declarar suspeição em casos onde uma familiar atuava como advogada, o CNJ concluiu que não havia provas suficientes para punir Buhatem por essas infrações. Desse modo, a punição se concentrou exclusivamente na questão das publicações político-partidárias.

Durante o processo administrativo disciplinar, ficou documentado que Buhatem repetidamente compartilhou conteúdos favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro na rede social LinkedIn. Além disso, registros de seu envolvimento social incluíam uma fotografia onde ele aparece jantando com o ex-presidente e sua equipe durante uma estadia em Dubai. Outro flagrante foi o envio de uma mensagem via WhatsApp, na qual associava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao grupo criminoso Comando Vermelho.

A defesa do desembargador justificou que as interações de Buhatem nas redes sociais se limitavam a "curtir" publicações institucionais de Bolsonaro, argumentando que não havia manifestações pessoais explícitas sobre o conteúdo.

Não obstante, o CNJ considerou que tais ações tiveram ampla repercussão e contribuíram para alimentar desconfianças em relação à integridade e transparência do sistema judiciário, bem como do processo eleitoral. O relatório de votação enfatizou que “o comportamento do desembargador em divulgar preferências político-partidárias em suas redes sociais vai contra a conduta esperada de um magistrado, conforme estabelecido pela Constituição e demais legislações pertinentes”.

Inicialmente, a pena sugerida pelo relator do caso era de afastamento por 90 dias. Entretanto, a maioria dos conselheiros presentes optou por uma redução para 60 dias, alinhando a punição a precedentes anteriores. Durante o período de afastamento, Buhatem continuará a receber seus vencimentos, proporcionais ao seu tempo de serviço.

CNJ afasta desembargador por mensagens públicas de apoio a Bolsonaro

Agência Brasil

Internacional

- Publicidade -spot_img

Últimas Postagens

Cruzeiro perto de vaga nas quartas do Brasileiro Feminino

Em uma exibição de gala no Estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima, o Cruzeiro...

Queda no diesel da Petrobras não é percebida pelo consumidor

Apesar de significativas reduções no preço do óleo diesel feitas pela Petrobras desde janeiro...

30% dos Adultos no Brasil Sofrem de Hipertensão Arterial

Dia Mundial da Hipertensão Alerta para Riscos da Doença Silenciosa No Dia Mundial da Hipertensão,...

Ednaldo Rodrigues recorre ao STF contra eleições da CBF

Em recente desdobramento na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-presidente da entidade, Ednaldo...

“O Agente Secreto” de Kleber Mendonça concorre em Cannes

Brasil brilha em Cannes com 'O Agente Secreto' entre os indicados à Palma de...

Petro sugere greve geral na Colômbia após acusar Senado de fraude

Em uma ação sem precedentes, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou uma mobilização...

Prazo Final para Cursinhos Populares Proporem ao MEC Hoje

Cursinhos populares e comunitários têm até esta sexta-feira (16), às 18h, para inscreverem suas...

Fla vence LDU por 2-0 e caminha para oitavas na Libertadores

Flamengo Garante Vitória Importante na Copa Libertadores O Club de Regatas do Flamengo conquistou uma...

Haddad nega discussão sobre crédito extraordinário ao INSS

Crédito Extraordinário para Aposentados em Análise pelo Governo Em declaração feita nesta quinta-feira (15), em...
- Publicidade -spot_img