Em Brasília, o presidente da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), contestou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, que facultou a presença de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “o Careca do INSS”, e Maurício Camisotti na CPMI. Viana tomou a atitude de requerer um mandado de segurança para garantir a presença dos investigados, ação essencial para aprofundar as investigações sobre os desvios nos descontos de consignados a aposentados e pensionistas.
“É fundamental que os dois indiciados compareçam, pois podem nos ajudar a esclarecer com rapidez tudo o que ocorreu”, destacou o senador. A Polícia Federal já cumpriu na sexta-feira (12) dois mandados judiciais de prisão preventiva contra os suspeitos no âmbito da Operação Cambota, que investiga o desconto ilegal de mensalidades associativas em benefícios previdenciários. Essas detenções remetem a infrações graves contra milhões de aposentados e pensionistas brasilieiros.
Embora respeite a decisão do ministro Mendonça, Viana a considera como uma barreira à justiça. “Não vejo justificação para dar-lhes o direito de não comparecerem, especialmente estando presos e tendo muito a declarar na CPMI. O papel da PF e do STF difere do realizado pela CPMI”, defendeu.
O senador ainda espera que o ministro reveja sua posição, permitindo que a CPMI obrigue a participação dos investigados já nas próximas sessões agendadas para segunda e quinta-feira. A comissão está determinada a entender o roubo ocorrido na Previdência e insistirá na necessidade de investigação profunda dos fatos, considerando o impacto negativo na vida dos beneficiários.
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CPMI recorrerá de decisão do STF sobre depoimento do “Careca do INSS”
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