A Bolívia se prepara para uma eleição geral marcada pela divisão na esquerda e liderança da direita nas pesquisas, conforme reporta a Agência Brasil. O ex-presidente Evo Morales, impossibilitado de se candidatar, tem incentivado o voto nulo. Samuel Medina, magnata e candidato da direita, e o ex-líder cocaleiro Andrónico Rodriguez são figuras centrais neste pleito que decidirá a presidência, além de renovar o Congresso com a eleição de 130 deputados e 36 senadores.
O Movimento ao Socialismo (MAS), que governou a Bolívia de 2006 a 2019, enfrenta um desafio sem precedentes devido a rachas internos exarcebados por disputas de liderança e denúncias contra Evo Morales. Esta fragmentação emerge numa conjuntura de persistente crise econômica e baixa aprovação do governo de Luiz Arce, que desistiu da reeleição e apontou Eduardo De Castillo, recebendo apenas cerca de 2% das intenções de voto nas pesquisas. Andrónico Rodriguez, ex-aliado de Evo e agora adversário representando o Alianza Popular, tem visto sua popularidade declinar significativamente, enquanto Eva Copa, ex-MAS, tentou uma candidatura própria.
Do lado da direita, além de Samuel Medina, Jorge “Tuto” Quiroga representa a Alianza Libertad Y Democracia e ambos juntos acumulam cerca de 47% das intenções de votos. Quiroga já ocupou a presidência de forma interina e possui uma longa trajetória política no país.
Em um contexto de mudanças e turbulências políticas, a Bolívia pode estar à beira de uma reconfiguração de forças no cenário político. Segundo especialistas, mesmo com um possível governo de direita, a pluralidade institucional introduzida pela Constituição de 2009 deve continuar inalterada devido à necessidade de pactuações políticas para governabilidade.
Observe-se pelo acompanhamento constante da fonte citada, Reuters/Ipa Ibanez, especialmente nas figuras centrais desta eleição, garantindo assim a precisão e clareza demandadas pela cobertura jornalística seriamente comprometida com a veracidade dos fatos.
Bolívia: direita lidera pesquisas para presidência após 19 anos
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