Em uma quarta-feira tumultuada para a economia brasileira, o dólar ultrapassou a marca de R$ 5,50, fechando a R$ 5,503. Este é o maior valor desde o final de junho. A elevação se deu após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre novas tarifas a produtos brasileiros. Simultaneamente, a Bolsa de Valores brasileira também sofreu um revés, declinando 1,31% e marcando o terceiro dia consecutivo de perdas.
O mercado reagiu negativamente após Trump ameaçar impor uma tarifa sobre os produtos brasileiros, movimento que agravou as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Mais tarde, uma carta do presidente norte-americano confirmou a implementação de uma tarifa de 50% a partir de agosto, agitando ainda mais o mercado financeiro local.
Na Bolsa de Valores (B3), o índice Ibovespa encerrou o dia aos 137.481 pontos. A baixa liquidez, atribuída ao feriado de 9 de julho em São Paulo, contribuiu para o desempenho negativo, com a maioria das ações apresentando queda.
A situação política também pesou no cenário econômico. Na carta, Trump mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, como parte da justificativa para as tarifas. Acusações de ataques insidiosos do Brasil contra as eleições livres e à liberdade de expressão nos Estados Unidos foram também citados como motivos para a decisão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros, está reunido no Palácio do Planalto para discutir as respostas a essas novas tarifas. No primeiro semestre, a balança comercial mostrou-se favorável ao Brasil, com uma diferença de US$ 1,675 bilhão a mais importados pelos Estados Unidos em relação às exportações brasileiras.
*Com informações da Reuters.
Dólar supera R$ 5,50 com tarifas de Trump sobre o Brasil
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