Em recente desdobramento na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das eleições marcadas para 25 deste mês. O pedido vem após Ednaldo ser afastado por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, devido a alegações de falsificação de assinatura em documentos oficiais.
As eleições para a escolha do novo presidente da CBF foram anunciadas por Fernando Sarney, vice-presidente e atual interventor na confederação, após o afastamento de Rodrigues. Este último foi removido do cargo por uma decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro do TJRJ, que levou em conta a denúncia de irregularidade no uso da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-vice-presidente da CBF, em um acordo judicial anterior.
A defesa de Ednaldo argumenta que com um julgamento definitivo previsto pelo STF para o dia 28 deste mês, referente à validade de acordos entre o Ministério Público e entidades esportivas, realizar as eleições apenas três dias antes poderia resultar em nulidade das mesmas, com possíveis danos irreparáveis para a instituição.
O pedido de Rodrigues está atualmente sob análise do ministro Gilmar Mendes, que não possui um prazo definido para a decisão. Mendes foi o responsável por homologar um acordo em fevereiro deste ano, que buscava encerrar disputas judiciais anteriores relacionadas à eleição de Rodrigues como presidente da CBF.
Por fim, a decisão de afastar Rodrigues do cargo partiu da 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ em dezembro de 2023, revogando os resultados de uma eleição realizada sob o comando de um Termo de Ajustamento de Conduta considerado ilegal pelo tribunal. O TAC havia sido assinado entre o Ministério Público e a CBF em 2022.
As altercações jurídicas e administrativas na CBF continuam a ganhar contornos complexos, com expectativas voltadas para as próximas movimentações do STF e as repercussões nas estruturas de governança da entidade máxima do futebol brasileiro.
Ednaldo Rodrigues entra no STF para barrar novas eleições na CBF
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