Respondendo a crescentes desafios financeiros enfrentados por empresas estatais autossuficientes, o governo federal brasileiro lançou uma nova estratégia. Essa abordagem foi oficializada através de um decreto publicado nesta última terça-feira, no Diário Oficial da União, possibilitando uma reorganização financeira sem que as estatais se reclassifiquem como dependentes do Tesouro Nacional. O dever foi desenvolvido pela Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), visando oferecer um suporte estruturado durante períodos conturbados.
Essa medida foi concebida para facilitar que empresas estatais não dependentes, que contudo enfrentam dificuldades operacionais, possam apresentar um plano de reequilíbrio econômico-financeiro. Notavelmente, esses planos poderão incluir aportes pontuais da União para ajudar a reestabelecer a saúde fiscal das empresas. Segundo o Ministério da Fazenda, a iniciativa busca criar um caminho estruturado para lidar com crises sem que isso acarrete uma dependência direta e duradoura dos recursos do Tesouro.
O processo para a aceitação do plano de reequilíbrio abrange várias etapas críticas, incluindo análise pelos órgãos de governança da própria estatal, avaliação técnica e aprovação pelo ministério ao qual a estatal está vinculada, e uma decisão final pelo CGPAR, baseada em pareceres técnicos. Após este processo, o plano será monitorado semestralmente para garantir a aderência às metas e cronogramas estabelecidos.
Antes dessa atualização, somente as estatais não dependentes que já tinham recebido aportes pontuais para custeio poderiam propor tais planos. Agora, a nova normativa amplia esta possibilidade para incluir empresas que enfrentam dificuldades operacionais, oferecendo a elas novas alternativas para manterem sua independência financeira frente ao Tesouro Nacional.
O governo afirma que essa medida visa fortalecer a responsabilidade fiscal, melhorar a gestão de riscos e aumentar a previsibilidade na administração das empresas estatais, alinhadas às estratégias de governança corporativa e administração de participações societárias da União. Com isso, espera-se maior estabilidade e eficiência operacional para as estatais brasileiras em momentos de crise.
Estatais federais em dificuldade poderão pedir aportes da União
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