O governador de West Nusa Tenggara, região onde se localiza o Monte Rinjani, na Indonésia, postou uma carta aberta dirigida aos brasileiros através de suas redes sociais. Nela, Lalu Iqbal reconhece as falhas no processo de resgate de Juliana Marins, turista brasileira que faleceu após um acidente no local.
Na missiva, o governador detalhou as circunstâncias que envolveram o resgate: “Desde o aviso inicial sobre o acidente, nossos times trabalharam com urgência e empenho.” No entanto, admitiu limitações, “O número de profissionais treinados em resgate vertical é insuficiente, e carecemos de equipamentos avançados para enfrentar desafios dessa magnitude. A estrutura de segurança ao longo das trilhas do Rinjani também necessita de melhorias.”
Juliana sofreu uma queda enquanto explorava a borda do vulcão e, apesar dos esforços imediatos, a equipe de resgate só conseguiu alcançá-la após alguns dias, momento em que já encontrava sem vida. Iqbal descreveu que as condições climáticas adversas, com neblina densa e chuva contínua, além do terreno arenoso, dificultaram extremamente os esforços de resgate, inclusive complicando a atuação dos dois helicópteros disponibilizados na operação.
O governador também enalteceu o sacrifício dos socorristas. “Eles colocaram suas vidas em risco. Na nossa cultura, quem visita nossa terra é considerado família”, afirmou, destacando o compromisso e a bravura das equipes de resgate.
As operações em áreas de difícil acesso como o Monte Rinjani ressaltam a necessidade de uma infraestrutura de segurança mais robusta para garantir não apenas a segurança dos turistas, mas também a eficiência dos resgates em casos de emergência.
(Imagem de mapa mostrando a área do Monte Rinjani em Lombok, Indonésia, onde Juliana Marins foi encontrada. Crédito: Arte/EBC)
Governador admite que infraestrutura no Monte Rinjani é insuficiente
Meio Ambiente