Governo Federal anuncia investimento milionário para combate ao desmatamento ilegal na Amazônia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (3), em cerimônia no Palácio do Planalto, um aporte de R$ 825,7 milhões para reforçar a fiscalização ambiental na Amazônia. Este montante, originário do Fundo Amazônia, será administrado pelo Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o objetivo de combater o desmatamento ilegal na região.
A utilização dos fundos, prevista para ser distribuída ao longo de 60 meses, inclui a aquisição de helicópteros de grande porte, equipados com proteção balística, e drones de última geração. Além disso, estão programadas a construção de bases aéreas e helipontos em locais estratégicos dentro do bioma amazônico, visando melhorar a capacidade de resposta às infrações ambientais.
O evento contou com a presença de figuras chave como Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama; e Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela gestão financeira do Fundo Amazônia.
Em seu discurso, Marina Silva enfatizou o compromisso do governo com a preservação ambiental. Ela destacou a importância dos recursos adicionais para a prevenção e combate a incêndios e desmatamentos, ressaltando as contribuições significativas que já resultaram na duplicação dos recursos do Fundo Amazônia, graças às reduções de emissões de CO2.
Além do reforço na fiscalização, o presidente Lula assinou decretos para a criação de três novas unidades de conservação federal. Duas delas são situadas no Paraná e uma no Espírito Santo, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce. Esta APA tem por objetivo proteger a biodiversidade marinha e costeira daquela área, afetada pelo desastre ambiental causado pelo rompimento da barragem do Fundão em 2015.
A nova APA abrange um território de 45.417 hectares nos municípios de Linhares e Aracruz, inserida no bioma da Mata Atlântica, e conta com uma rica diversidade biológica. O local é ponto de desova da tartaruga-de-couro e habitat para várias espécies ameaçadas de extinção. Esta unidade foi estabelecida como parte das medidas compensatórias acordadas judicialmente após o desastre em Mariana.
A ministra Marina Silva destacou a meticulosidade necessária no processo de criação da APA e enfatizou os esforços contínuos de recuperação da bacia do Rio Doce.
O presidente também decretou a criação de outras políticas e estratégias nacionais para a conservação de biodiversidade, incluindo a proteção dos recifes de coral e o uso sustentável de áreas protegidas na Amazônia e na Serra do Mar, reafirmando o compromisso do governo com a sustentabilidade ambiental.
(Imagens: Agência Brasil)
Ibama receberá 825,7 milhões para combate ao desmatamento ilegal
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