O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a criação de projetos educacionais conjuntos na América Latina como estratégia para fortalecer a independência regional. Em declaração dada durante um evento com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (COPO) em São Bernardo do Campo, SP, neste sábado (18), ele ressaltou a importância do investimento em educação para o desenvolvimento dos países.
Lula mencionou que o Brasil já está trabalhando em várias parcerias internacionais, incluindo com nações africanas e países de língua portuguesa, além de outros estados latino-americanos. Ele destacou a iniciativa da criação da Universidade da América Latina, situada em Foz do Iguaçu, como um pilar para o desenvolvimento de uma doutrina educacional própria do continente. “Queremos formar uma doutrina latino-americana, com professores e estudantes latino-americanos, para sonhar que nosso continente um dia seja independente, e que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o país, porque não vamos aceitar”, afirmou o presidente.
Em contexto relacionado, a situação geopolítica na América Latina também foi abordada por Lula, em referência às recentes ações dos Estados Unidos contra a Venezuela. Relatórios apontam que o Exército americano realizou ataques contra embarcações venezuelanas sob acusações de tráfico de drogas, levando a mortes. Adicionalmente, o presidente americano Donald Trump admitiu a autorização de operações secretas da CIA na Venezuela.
O governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de buscar uma mudança de regime no país e prometeu levar as questões ao Conselho de Segurança da ONU. Em paralelo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Brasil e outros grupos sociais na América Latina têm expressado repúdio às ações americanas, consideradas ameaças à paz regional.
Este cenário tem desencadeado protestos e manifestações, como recentemente visto em Trinidad e Tobago, onde cidadãos protestaram em frente à Embaixada dos EUA contra a morte de dois pescadores locais por embarcações militares americanas, descrito como um ato de agressão injustificado. A situação complexa no Caribe continua provocando debates intensos na política internacional.
Lula defende América Latina independente contra “fala grossa” externa
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