Durante a abertura do Fórum Mundial da Alimentação em Roma, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a intrínseca relação entre fome e conflitos globais, apontando desafios e progressos no combate à insegurança alimentar. Em seu discurso, ele associou a fome às consequências das guerras e políticas econômicas protecionistas, descrevendo-a como um sintoma da fragilidade das instituições multilaterais.
O presidente brasileiro ressaltou que, apesar da produção global de alimentos ser suficiente para suprir uma vez e meia a população mundial, cerca de 673 milhões de pessoas ainda enfrentam insegurança alimentar severa. Lula celebrou o progresso do Brasil no combate à insegurança alimentar, mencionando o recente anúncio da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de que o Brasil conseguiu sair do Mapa da Fome novamente.
Destacando o papel do multilateralismo, Lula elogiou a FAO, que comemora 80 anos de existência, por sua contribuição essencial na inclusão do direito à alimentação nas legislações de diversos países. Ele enfatizou a importância de continuar os esforços multilaterais, mesmo diante de um cenário global desafiador, lembrando os avanços alcançados desde o entusiasmo que marcou a adoção da Agenda 2030 dez anos atrás.
Segundo o presidente, a persistência nos objetivos comuns é vital para enfrentar os desafios globais, especialmente a fome, consolidando a relevância contínua das iniciativas e da colaboração internacional lideradas pela FAO.
(Fonte das informações: Agência Brasil. Imagens: Arquivos da EBC)
Fome é irmã da guerra, diz Lula no Fórum Mundial da Alimentação
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