Ministros do BRICS discutem liderança ambiental e compromissos climáticos sob liderança brasileira
Brasília, 3 de abril de 2025 – Durante a abertura da 11ª reunião dos ministros de Meio Ambiente do BRICS, Marina Silva, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, ressaltou a posição estratégica dos países em desenvolvimento no comando de uma transição ecológica globalmente justa. Com a presidência brasileira, o evento contou com a participação dos países membros originais – Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul – ampliado recentemente com a inclusão de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã.
"A capacidade de inovação, a riqueza em diversidade cultural e recursos estratégicos dessas nações são fundamentais para promover mudanças significativas não só regionalmente, mas também no cenário global", destacou Silva ao abrir a discussão que segue com temas prioritários como desertificação, degradação de terra e seca, além do combate à poluição plástica e o avanço em ações climáticas coletivas alinhadas à Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável.
A ministra brasileira enfatizou a importância da participação ativa no grupo de trabalho do BRICS para estabelecer a declaração ministerial e o plano anual de trabalhos. O planejamento, resultado de extensas negociações entre técnicos dos países membros, inclui propostas práticas em diversas áreas: qualidade do ar, educação ambiental, biodiversidade, gestão de resíduos e recursos hídricos, entre outros.
André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, também presente, reiterou o chamado para um esforço conjunto para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. "Precisamos acelerar o passo na redução das emissões de gases de efeito estufa, uma exigência que ressoa em todas as nossas discussões", disse.
No âmbito internacional, durante a COP28 em Dubai, foi acordada a ferramenta de Balanço Global (GST), que não apenas avalia o progresso na redução das emissões como também estabelece metas ambiciosas como a triplicação da produção de energias renováveis e duplicação da eficiência energética, visando a redução da dependência de combustíveis fósseis e do desmatamento.
"Dos países do BRICS, até agora apenas Brasil e Emirados Árabes Unidos formalizaram suas metas atualizadas de redução de emissões", informou Silva, que também destacou a necessidade urgente de fortalecer os mecanismos de financiamento climático para que todas as nações possam cumprir seus compromissos ambientais.
"É crucial planejarmos a mudança para evitarmos ser tragicamente transformados por ela", concluiu a ministra ao reiterar a posição do Brasil na defesa da sustentabilidade global.
Antonio Cruz, da Agência Brasil, registrou a participação de Corrêa do Lago no evento, marcando um momento significativo de liderança brasileira no enfrentamento das questões climáticas e ambientais no âmbito do BRICS.
Marina Silva destaca força do Brics como líder da transição ecológica
Fonte: Agencia Brasil.
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