Morte de trabalhador humanitário aumenta tensões em Gaza
A Faixa de Gaza registrará uma nova tragédia com a morte de Abdullah Hammad, um higienista da organização Médicos sem Fronteiras (MSF), atingido por disparos do Exército israelense em 3 de julho. Segundo MSF, o ataque ocorreu sem aviso enquanto as vítimas aguardavam por caminhões de ajuda em Khan Younis, sul de Gaza. Esta região, próxima de uma usina de dessalinização, presenciou eventos violentos anteriormente, como o de 17 de junho.
Hammad, que contribuiu com seu trabalho na clínica MSF de Al Mawasi por um ano e meio, estava tentando recolher farinha quando foi fatalmente ferido. As forças israelenses atacaram o grupo também sem aviso prévio, e a ação resultou em pelo menos 16 mortes, conforme documentos das equipes médicas do hospital Nasser.
Aitor Zabalgogeazkoa, coordenador de emergência de MSF em Gaza, sugeriu que o número de mortos poderia ser mais alto, pois as autoridades israelenses impediram a remoção dos corpos. Ele destacou o grave cenário em Gaza, onde a população enfrenta extrema escassez de alimentos devido às severas restrições impostas às agências humanitárias que tentam atender às necessidades urgentes.
A ONU, em um relatório recente, contabilizou 613 mortes em locais de distribuição de alimentos no território entre 27 de maio e 27 de junho. Adicionalmente, Damares Giuliana, coordenadora do MSF para Jerusalém Oriental e responsável por Gaza e Cisjordânia, reportou que 94% dos hospitais de Gaza estão inoperantes por terem sido bombardeados ou abandonados, com os restantes 6% também sofrendo danos.
Foto: Médicos sem Fronteiras/Divulgação – Imagem mostra Abdullah Hammad sendo carregado até o hospital Nasser após o ataque.
Médicos sem Fronteiras tem 12º profissional morto em Gaza
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