O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2025, elaborado pela organização Todos Pela Educação, Fundação Santillana e Editora Moderna, revelou acentuadas desigualdades na infraestrutura das escolas públicas brasileiras, destacando-se a disparidade no acesso à essenciais como água potável, energia elétrica e saneamento básico, conforme divulgado nesta quinta-feira (25). Este relevante estudo alcança sua 12ª edição, compilando dados que evidenciam um panorama nacional preocupante.
Enquanto 95% das escolas dispõem de infraestruturas básicas, o estudo indica que apenas menos da metade (48,2%) têm acesso à rede pública de esgoto e mais de 20% estão desprovidas de serviço de coleta de lixo regular. A análise regional demonstra um cenário ainda mais alarmante onde, por exemplo, no Norte apenas 9,3% das unidades escolares estão conectadas ao esgoto, contra 84,7% no Sudeste.
A gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Manoela Miranda, ressaltou que a falta desses recursos básicos compromete diretamente a dignidade e a qualidade de aprendizagem dos alunos. Situações críticas foram particularmente observadas no Acre e Roraima, onde falta de água potável e infraestrutura sanitária básica afetam significativamente as condições educacionais.
O relatório também salienta uma distribuição desigual dos equipamentos voltados para o ensino nas diferentes etapas educacionais e regiões. Bibliotecas e salas de leitura são mais comuns em escolas de ensinos fundamental tardio e médio, enquanto laboratórios de informática e de ciências são escassos, especialmente na Região Norte.
Quanto aos recursos de aprendizagem digital, apesar de 95,4% das escolas possuírem acesso à internet, apenas 44,5% possuem uma conexão que atende aos padrões necessários para fins pedagógicos. Essa limitação restrita ao uso adequado de tecnologia reflete na qualidade geral do ensino, como demonstram os baixos índices de proficiência em matemática e língua portuguesa no ensino médio.
Miranda enfatizou a necessidade de políticas educacionais mais robustas e adaptadas às realidades locais para superar essas disparidades e alcançar uma educação de qualidade equitativa. Estes insights do anuário servem como fundamentação crucial para a formulação do próximo Plano Nacional de Educação, em discussão no Congresso Nacional.
Com foco em soluções realistas mas ambiciosas, o documento destaca a importância de se considerar as discrepâncias regionais, socioeconômicas e raciais existentes, visando a criação de uma base sólida para os futuros esforços educacionais do Brasil.
Fonte das imagens: Agência Brasil.
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Menos da metade das escolas públicas está ligada à rede de esgoto
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