O universo musical brasileiro despediu-se de um de seus mais brilhantes artistas, Hermeto Pascoal, cujo falecimento foi anunciado ontem (12), impactando profundamente o cenário cultural. Ele, que completaria 89 anos em três dias, deixa um legado inestimável de inovação e maestria instrumental que foi celebrado durante o MIMO Festival em Olinda.
Hermeto, um virtuose nascido em Lagoa da Canoa, Alagoas, em 1936, ganhou notoriedade mundial por sua habilidade singular de transformar objetos ordinários em extraordinários instrumentos musicais. Sua colaboração com músicos como Miles Davis e sua premiação com o Grammy Latino são apenas algumas das credenciais que sublinham seu impacto global.
No MIMO Festival deste ano, realizado no Rio de Janeiro antes de sua última passagem por Olinda, Hermeto e seu grupo — composto por Itiberê Zwarg, André Marques, Jota P., Fabio Pascoal e Ajurinã Zwarg — entregaram uma performance que será lembrada como a última em solo brasileiro. Ainda em agosto, participou do intercâmbio cultural promovido pelo MIMO, juntamente com o Jazz in Marciac, reforçando laços entre Brasil e França dentro de preparações para a Temporada Brasil-França 2025.
Sua morte súbita coincidiu com uma apresentação marcada para o dia em mesmo, levando o Festival Acessa BH a cancelar o evento anteriormente devido a questões de saúde do artista. A notícia de seu falecimento foi recebida com uma chamada à celebração de sua vida e obra em Olinda, onde artistas e público prestaram homenagens, enfatizando sua influência perene na música mundial.
O velório de Hermeto Pascoal será aberto ao público e ocorrerá na segunda-feira (15), na Areninha Cultural Hermeto Pascoal, em Bangu, Rio de Janeiro, das 14h às 21h.
*Crédito das imagens usadas neste artigo é atribuído à Agência Brasil, com ajustes dimensionais para adaptação neste conteúdo.
Último festival brasileiro em que Hermeto tocou, MIMO presta homenagem
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