STF agenda sessão extraordinária para julgamento de Jair Bolsonaro e aliados
Em decisão acolhida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi determinada a realização de uma sessão extraordinária pela Primeira Turma da Corte para o julgamento de envolvidos na trama golpista, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, entre outros sete réus. A sessão foi marcada para a próxima quinta-feira (11), somando-se às previamente agendadas para os dias 9, 10, e 12 de setembro.
Este julgamento, que teve início nesta semana, já compreendeu as sustentações de defesa dos acusados, incluindo Bolsonaro, e a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que se mostrou favorável à condenação de todos os réus. Os envolvidos são acusados de fazer parte do plano conhecido como ‘Punhal Verde e Amarelo’, que contemplava possíveis atos de sequestro ou homicídio contra figuras políticas, como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Consta também na denúncia a elaboração e o conhecimento de Bolsonaro a respeito da “minuta do golpe”, um documento que visava instaurar medidas excepcionais de estado de defesa e de sítio no país para alterar o resultado das eleições de 2022 e obstruir a posse do presidente eleito Lula. Esta manobra foi associada aos movimentos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Os réus enfrentam acusações graves, incluindo a formação de uma organização criminosa armada e a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com penas que podem chegar a até 30 anos de prisão. A exceção é o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, agora deputado federal, que tem parte das acusações suspensas devido a prerrogativas constitucionais.
Este julgamento é um marco no esforço nacional para a preservação das estruturas democráticas e poderá definir um precedente significativo na política e na jurisdição brasileiras em tempos recentes.
Crédito das imagens: Agência Brasil.
Moraes pede sessão extra para julgamento de Bolsonaro no STF
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