O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não participará da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas nos Estados Unidos, após restrições impostas pelo governo de Donald Trump ao seu visto. Conforme comunicado oficial, as limitações impostas permitem a Padilha apenas deslocações restritas entre o hotel e a ONU, além de acesso a instalações médicas em caso de emergência.
A decisão dos EUA de restringir a participação do Ministro tem suscitado discussões sobre a violação do Acordo de Sede com a ONU. O Brasil, que é líder em diversas iniciativas de saúde pública global, vê esta medida como um impedimento à sua contribuição nos diálogos essenciais para o setor. Em nota, o Ministério da Saúde declarou que “a decisão não é apenas uma retaliação ao Ministro, mas ao papel do Brasil na luta contra políticas de saúde que consideram regressivas.”
Dada a situação, Padilha permanecerá no Brasil para focar na Medida Provisória do Programa Agora Tem Especialistas, em votação no Congresso Nacional. O Ministério continuará suas atividades por meio de delegações já presentes nos Estados Unidos e reforçará sua atuação em eventos internacionais e missões com blocos como Mercosul e BRICS.
Recentemente, a relação entre Brasil e EUA já havia sido tensionada pelo cancelamento dos vistos de familiares do ministro e de funcionários ligados ao programa Mais Médicos, sob acusações de contribuição para práticas trabalhistas irregulares envolvendo médicos cubanos. Esses eventos marcam um período desafiador nas relações diplomáticas e de saúde pública entre os dois países.
Créditos das imagens: Agência Brasil.
Padilha decide não participar de reunião na ONU após restrição dos EUA
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