A Polícia Federal interrogou nesta terça-feira advogados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro como parte de um inquérito que investiga tentativas de obstrução de justiça num caso de suposta trama golpista visando manter Bolsonaro no poder. Os depoimentos ocorreram em São Paulo e Brasília, sob a coordenação da unidade policial em Brasília e determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Fábio Wajngarten, Paulo Cunha Bueno, Eduardo Kuntz e Marcelo Câmara foram os quatro ouvidos pela Polícia Federal em sessões separadas e simultâneas. Wajngarten e Bueno chegaram à superintendência da PF em São Paulo por volta das 14h30, preferindo não realizar declarações à imprensa naquele momento. Eles foram interrogados através de videoconferência por agentes em Brasília. Já Câmara, que se encontra detido, foi ouvido pessoalmente na capital federal.
Os depoimentos foram iniciados após denúncias apresentadas pelas famílias de Mauro Cid, acusando Wajngarten e Bueno de tentativas de influenciar o ex-ajudante de ordens a alterar sua equipe de defesa e detalhar seu depoimento delatado. Essas alegações motivaram investigações adicionais por parte do ministro do STF, apontando possíveis práticas criminosas de obstrução de justiça.
Ao final dos depoimentos, que se estenderam por mais de cinco horas, Bueno foi o primeiro a deixar o local, seguido por Wajngarten, que falou brevemente com a imprensa, repudiando as acusações e indicando a possibilidade de ações legais contra os autores da denúncia. Kuntz, por sua vez, deixou a sede após as 20h, reiterando a legalidade de suas ações durante o tempo que representou seu cliente.
A Polícia Federal, através de sua assessoria, declarou que não comentará sobre os depoimentos enquanto a investigação estiver em andamento. As informações continuam sendo atualizadas conforme novos fatos surgem.
*Créditos das imagens não especificados no conteúdo original.
PF ouve Wajngarten e atual advogado de Bolsonaro sobre denúncia de Cid
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