Desde 2016, a vida de Rosileuda Rodrigues e da comunidade do distrito de Monte Alto, próxima a Padre Bernardo (GO), virou um pesadelo por causa do vizinho incômodo: o Aterro Sanitário Ouro Verde. A situação piorou após o desabamento ocorrido no dia 18 deste mês, que levou à interdição do local pela Justiça na última quinta-feira, dia 26.
Rosileuda, aposentada e ex-mototaxista, teve de ser hospitalizada por três dias devido a problemas respiratórios causados pelo aterro. Mesmo com a interdição, o cheiro forte permanece, afetando a qualidade de vida na região. Ela e outros moradores, incluindo Sebastião Fernandes, vigilante e líder comunitário, estão organizando um protesto para este domingo às 14h, exigindo o fechamento definitivo do aterro.
O engenheiro florestal Fábio Miranda, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), classifica o episódio como um desastre ambiental sem precedentes na área. Segundo ele, o aterro acumulava violações e funcionava à margem da lei. A área, que já estava embargada, continuava operando.
O juiz federal Társis Augusto de Santana Lima, de Luziânia (GO), respondeu ao desastre bloqueando R$10 milhões das contas da empresa responsável e indisponibilizando bens avaliados em R$2,2 milhões, trazendo alguma esperança para a comunidade afetada.
### Crédito das Imagens:
– Valter Campanato/Agência Brasil
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