O segundo leilão do Programa Eco Invest Brasil promete revitalizar cerca de 1,5 milhão de hectares de terras degradadas até 2027, graças à contribuição de R$ 17,3 bilhões providos por 11 instituições financeiras. O anúncio feito pelo Tesouro Nacional indica que esta iniciativa, parte do Plano de Transformação Ecológica de 2023, poderá gerar até R$ 31,4 bilhões em investimentos combinados, entre públicos e privados.
Este capital, predominantemente catalítico e filantrópico, busca fomentar projetos que aliam retorno financeiro com benefícios sociais, ampliando o impacto ambiental positivo das aplicações. Notadamente, R$ 16,5 bilhões dos recursos anunciados originaram-se de investimentos públicos através do próprio Eco Invest.
Atuando em biomas nacionais diversos, como a Mata Atlântica, o Cerrado, e a recém-incluída Amazônia, o projeto finalizou sua etapa de recebimento de propostas em julho, após duas extensões do prazo inicial. As iniciativas selecionadas devem seguir padrões ambientais estritos que garantam a renovação da flora e fauna locais, com um investimento mínimo proposto de R$ 100 milhões por projeto.
Os fundos levantados neste leilão estarão sob a administração de programas governamentais específicos, como o Programa Caminho Verde Brasil e o Planaveg, abrangendo ações desde a recuperação vegetativa até a melhoria da qualidade do solo. Aportes das instituições financeiras envolvidas deverão contemplar significativamente a produção agrícola sustentável, além de priorizar a recuperação de regiões como a Caatinga.
O suporte técnico provido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e a colaboração da Embaixada do Reino Unido no Brasil foram cruciais para modelar as estruturas de financiamento que auxiliaram neste leilão, que, de acordo com estimativas, poderá gerar mais de 170 mil empregos.
Comparativamente, o primeiro leilão do Eco Invest Brasil, realizado em 2024, já havia conseguido angariar R$ 6,81 bilhões em capital público catalítico, destinando grande parte dos recursos à transição energética, como em projetos de biocombustíveis e transporte sustentável.
* Fonte das informações: Tesouro Nacional. Colaboração de Elaine Patricia Cruz, de São Paulo.
Recuperação de áreas degradadas pode contar com R$ 31,4 bilhões
Meio Ambiente