A Prefeitura de São Paulo anunciou o afastamento de 25 diretores de escolas municipais devido ao baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e no Índice de Desenvolvimento da Educação Paulistana (Idep) em 2023. Esses gestores, atuando há pelo menos quatro anos em escolas com prioridade de intervenção, serão submetidos a um programa intensivo de requalificação de maio a dezembro deste ano.
Segundo a nota da prefeitura, o programa “Juntos pela Aprendizagem” visa aprimorar as habilidades de gestão pedagógica dos diretores para elevar o nível de aprendizado dos estudantes. Durante este período, as escolas afetadas terão um reforço adicional na equipe gestora, sem alterar a remuneração dos diretores afastados.
A decisão, no entanto, gerou reações contrárias no cenário político e sindical. O vereador Celso Giannazi (Psol) criticou fortemente a medida, comparando-a a atos autoritários e alegando falta de clareza na sua implementação. Em discurso na Câmara Municipal, Giannazi sugeriu que poderia haver outros interesses por trás dos afastamentos.
Além disso, sindicatos como o Sinesp, Sedin e Sinpeem se posicionaram abertamente contra a medida. Em um comunicado conjunto, expressaram descontentamento com a lei 18.221 de 2024, que facilitou esse tipo de intervenção, e prometeram mobilizações em defesa dos direitos dos profissionais da educação e contra o que consideram uma intervenção autoritária nas escolas municipais.
A lei em questão foi também criticada por alegadamente ter sido aprovada sem transparência, contendo disposições que afetam diretamente a estabilidade e os direitos dos diretores e outros profissionais da educação. Os sindicatos enfatizaram que continuarão a lutar contra essas mudanças e buscarão medidas legais para proteger os interesses dos educadores.
Prefeitura de SP afasta diretores de escolas mal avaliadas no Ideb
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