O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 643 pessoas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, segundo informações divulgadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Este grupo inclui indivíduos que dedicaram atos de violência e vandalismo contra estruturas estatais como o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do próprio STF.
As penas para os envolvidos nessas ações variam de três a 17 anos de prisão. Adicionalmente, os condenados devem arcar, de forma solidária, com o pagamento de R$ 30 milhões em reparo aos danos materiais. Entre os prejuízos, estão inclusos danos a obras de arte, móveis históricos e aparelhos eletrônicos.
Dentre os crimes atribuídos aos condenados estão o de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
Por outro lado, a PGR também anunciou que 555 dos acusados optaram por assinar um acordo de não persecução penal (ANPP), uma medida que permite suspender o processo em troca de confissão e outras obrigações, como serviços comunitários e cursos educacionais sobre democracia.
Esses particulares foram majoritariamente responsabilizados por crimes menos graves, tais como associação criminosa e incitação, cometidos principalmente em frente ao quartel do Exército, em Brasília. Pelas suas ações, além dos serviços comunitários já mencionados, estes indivíduos estão obrigados por justiça a pagar, de maneira cooperada, um montante de R$ 5 milhões por danos morais coletivos. Adicionalmente, as medidas punitivas também incluem a retenção do passaporte e a revogação de porte de armas dos envolvidos.
Estas condenações e acordos representam um esforço monumental do sistema de justiça brasileiro para responder aos eventos perturbadores de janeiro de 2023, destacando os mecanismos legais de responsabilização e reparação em resposta a atos contra a ordem democrática e o patrimônio nacional.
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STF condenou 643 denunciados por participação no 8 de janeiro
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