Em decisão unânime, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal condenou nesta quarta-feira (14) a deputada Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de reclusão por infringir a segurança do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação, que também envolveu o hacker Walter Delgatti, resultou na confecção de um mandato de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. A parlamentar ainda pode apelar da decisão.
O processo, iniciado virtualmente na última sexta-feira (9), contou com os votos favoráveis dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia, culminando na condenação por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. Adicionalmente, Zambelli e Delgatti, este último admitindo sua participação e recebendo uma pena de oito anos e três meses, foram sentenciados a pagar R$ 2 milhões em reparação por danos morais coletivos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou a deputada de ser a mentora intelectual do ataque ao CNJ, enquanto Delgatti executou o ataque alegadamente a seu pedido. Em resposta à condenação, a defesa de Zambelli manifestou descontentamento com a modalidade de julgamento virtual e reiterou a alegação de falta de provas conclusivas que justificassem a condenação.
Em outro caso ainda sob julgamento no STF, Zambelli enfrenta acusações relacionadas a um incidente durante o período eleitoral de 2022, onde se envolveu em uma perseguição armada ao jornalista Luan Araújo em um evento em São Paulo. Essa situação levou a um placar provisório de 6 a 0 pelo seu encarceramento em regime semiaberto, com o julgamento pendente devido a um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
(Fonte da imagem: Agência Brasil)
Por unanimidade, STF condena Carla Zambelli a 10 anos de prisão
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