Santa Maria (RS) – A vereadora Helen Cabral (PT) denunciou ter sido vítima de violência política de gênero durante uma discussão na Câmara Municipal de Santa Maria, na última terça-feira. O incidente ocorreu quando Cabral debatia sobre a gestão da transparência do Executivo e a questão do parcelamento do 13º salário dos servidores.
Segundo a vereadora, o conflito iniciou-se quando ela foi interrompida agressivamente pelo vereador Tony Oliveira, membro da base governista, que, aos gritos, tentou intimidá-la. “A violência de gênero é um crime e exijo uma posição firme da presidência da casa”, afirmou ela em uma rede social, demandando medidas efetivas contra o colega parlamentar.
Helen Cabral comentou que o ataque não foi apenas uma divergência política, mas um ato de misoginia, destacando que aconteceu durante a 5ª Semana Municipal de Não Violência Contra a Mulher, uma iniciativa de sua autoria. Além disso, ela mencionou sua participação no Festival Movimento Mulheres em Luta, que debate exatamente a violência política de gênero.
Em resposta às acusações, o vereador Tony Oliveira gravou um vídeo pedindo desculpas pela “exaltação” e alegou estar sendo injustamente acusado por partidos de esquerda. Ele negou que tenha ameaçado fisicamente qualquer pessoa e anunciou que entrará com um pedido de cassação contra Cabral e outros envolvidos no Conselho de Ética.
Até o momento, a Câmara Municipal de Santa Maria não se pronunciou sobre o episódio. Todas as ações legais pertinentes, como a comunicação à Mesa Diretora e o registro na Delegacia da Mulher, já estão sendo tomadas pela vereadora Helen Cabral.
Matéria atualizada às 17h18 para incluir a posição do vereador Tony Oliveira.
Foto de Helen Cabral: Vereadora Helen Cabral/Facebook.
Vereadora gaúcha cobra medidas contra violência política de gênero
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