William Browder critica aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes
O investidor britânico William Browder, conhecido por sua campanha que impulsionou a criação da Lei Magnitsky nos Estados Unidos, manifestou descontentamento com a recente aplicação dessa legislação pelo governo americano contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em uma declaração na rede social X, Browder afirmou: “Passei anos lutando para que a Lei Magnitsky fosse aprovada para combater a impunidade de graves violadores de direitos humanos e cleptocratas. Até onde posso entender, o juiz brasileiro Moraes não se enquadra em nenhuma das duas categorias”. Esta declaração surge em resposta ao uso da Lei Magnitsky pelo presidente Donald Trump, que impôs sanções ao ministro Moraes por sua atuação como relator de inquéritos sobre tentativas de golpe de Estado no Brasil e intervenções em plataformas digitais americanas.
William Browder, que se autodescreve como o maior investidor estrangeiro na Rússia até 2005, tornou-se ativo no ativismo contra violações de direitos humanos após a morte trágica de seu advogado, Sergei Magnitsky, em 2009. Magnitsky foi preso e torturado após descobrir uma fraude fiscal envolvendo altos funcionários do governo russo e morreu na prisão, deixando esposa e dois filhos.
A Lei Magnitsky, aprovada em 2012 durante o governo de Barack Obama, permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a indivíduos acusados de graves violações de direitos humanos ou casos significativos de corrupção, incluindo o bloqueio de contas e bens nos EUA e restrições à entrada no país.
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Líder de campanha global pela Lei Magnitsky critica sanção a Moraes
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