Mercado Financeiro Revê Projeções e Aponta Moderação na Inflação para 2023
A nova edição do Boletim Focus, divulgada pelo Banco Central nesta terça-feira, mostrou uma leve redução na expectativa de inflação para 2023, passando de 5,65% para 5,57%. A pesquisa semanal consulta várias instituições financeiras e serve como termômetro para os principais indicadores econômicos do país.
Para os próximos anos, as projeções se mantêm estáveis ou em declínio: a inflação esperada para 2026 continua fixada em 4,5%, enquanto para 2027 e 2028, espera-se que atinja 4% e 3,8%, respectivamente. No entanto, o resultado previsto para 2025 sugere uma inflação de 3,7%, ainda acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%, com uma margem de tolerância de 1,5%.
Em relação aos juros, o Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic para 14,25% ao ano, visando controlar a pressão inflacionária recentemente intensificada pelo aumento nos preços dos alimentos e da energia, além das incertezas do cenário econômico global. Estima-se que a Selic chegue a 15% ao final deste ano, com previsões de redução para os seguintes, alcançando 12,5% em 2026, 10,5% em 2027, e 10% em 2028.
O Produto Interno Bruto (PIB) teve uma leve revisão positiva para este ano, passando de 1,98% para 2%. A previsão do crescimento econômico também apresenta melhora nos anos subsequentes, com o PIB previsto em 1,7% para 2026 e mantendo-se estável em 2% para os anos de 2027 e 2028. Já o desempenho do ano passado registrou uma expansão de 3,4%, o maior crescimento desde 2021.
Quanto ao câmbio, o dólar é projetado para encerrar o ano a R$ 5,90, com uma leve alta esperada para 2026, fixando-se em R$ 5,96.
Fonte: Boletim Focus, Banco Central do Brasil. Todos os dados foram coletados de entidades oficiais e as conclusões são advindas de projeções e análises das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central.
Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,57%
Economia