O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, realizará uma visita oficial a Cristina Kirchner, ex-presidenta da Argentina, em Buenos Aires amanhã, conforme agendado. Kirchner encontra-se em prisão domiciliar após uma recente condenação por corrupção. Lula participa ainda da Cúpula do Mercosul, liderada por Javier Milei, atual presidente argentino.
A viagem de Lula ocorre em um contexto diplomático da Cúpula do Mercosul, onde assumirá a liderança do bloco no semestre seguinte. Sua agenda inclui também o encontro com Kirchner, marcado por controvérsias jurídicas e políticas recentes. No último dia 10 de junho, a Suprema Corte da Argentina confirmou a condenação de Kirchner a seis anos de prisão, impedindo-a perpetuamente de assumir cargos públicos. A decisão ocorre em meio a alegações de Kirchner de ser alvo de perseguição política, o que a motivou a anunciar sua candidatura ao Congresso nas próximas eleições legislativas, representando um distrito chave em Buenos Aires.
Durante sua presidência, Kirchner foi julgada no caso Vialidad, acusada de favorecer o empresário Lázaro Báez em licitações de obras públicas na Patagônia. Com mais de 70 anos, a ex-presidenta cumpre a pena em regime domiciliar, uma concessão legal dada sua idade.
A agenda de Lula na Argentina reflete também a robustez das relações diplomáticas bilaterais, fortalecendo os laços políticos e econômicos no contexto do Mercosul. A visita foi aprovada pela Justiça argentina, com recomendações específicas para garantir a ordem pública durante o encontro.
Esta visitação entre líderes tem precedentes em gestos similares, como a visita de Alberto Fernández a Lula em 2019. Esta confluência de eventos políticos e judiciais ressalta o cenário político complexo no qual ambos os países se inserem, enfrentando desafios internos e buscando fortalecer suas posições no âmbito do Mercosul.
Lula visita Cristina Kirchner em prisão domiciliar em Buenos Aires
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