A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta sexta-feira (15), a anulação dos processos contra o ex-ministro Antonio Palocci, inicialmente julgados no âmbito da Operação Lava Jato pelo então juiz Sergio Moro. A decisão, tomada em um julgamento virtual, sustenta a parcialidade apontada contra Moro, mantendo válida apenas a delação premiada de Palocci.
No recurso negado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentava que o acordo de delação de Palocci, embora revele práticas ilícitas envolvendo figuras públicas e empresariais, não seria suficiente para sanar as nulidades apontadas no processo original, conduzido por Moro, que foi considerado parcial. A decisão da Segunda Turma foi tomada com votos favoráveis dos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Nunes Marques, enquanto André Mendonça e Edson Fachin se posicionaram de forma contrária.
No julgamento, que seguiu os precedentes da Corte sobre a parcialidade do ex-juiz, foi determinado que todas as sentenças emitidas por Moro contra Palocci são nulas, porém, o acordo de delação assinado pelo ex-ministro permanece efetivo. Este detalhe é crucial, pois mantém as contribuições de Palocci às investigações, sem anular as evidências e declarações fornecidas por ele sobre esquemas de corrupção.
Esta decisão do STF realça a continuidade da análise crítica das operações e julgamentos anteriores, assegurando que os processos se alinhem estritamente à legalidade e imparcialidade exigidas para a justiça. Com essa definição, os direitos de defesa são preservados, mantendo-se a integridade das informações fornecidas por Palocci em seu acordo de delação.
Créditos: Imagens de Agência Brasil (EBC).
STF mantém decisão que anulou processo contra Palocci na Lava Jato
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