A decisão do Comitê Norueguês do Nobel de conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2025 a María Corina Machado, líder da extrema direita venezuelana, provocou uma onda de críticas internacionais. Machado, notória por suas posturas políticas controversas, incluindo apoio a ações militares e a políticas consideradas agressivas, está no centro de um debate global sobre os critérios para a prestigiosa honraria.
Ignacio Ramonet, jornalista espanhol, criticou duramente a decisão, comparando-a a uma distopia orwelliana em que a “verdade é mentira e a paz é guerra”. Por sua parte, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez chamou a escolha do Comitê de “vergonhosa” e uma “manobra política”. Manuel Zelaya Rosales, ex-presidente de Honduras, e Adolfo Pérez Esquivel, laureado com o Nobel da Paz em 1980, também expressaram sua discordância, vendo a premiação como um desvio dos ideais pacíficos do prêmio.
Michelle Ellner, da plataforma Codepink, comparou as políticas de Machado às ações em Gaza, acusando-as de promoverem violência e sofrimento. Em contraste, o Comitê Norueguês defendeu sua seleção apontando para o trabalho de Machado na promoção de direitos democráticos na Venezuela. Jørgen Watne Frydnes, presidente do Comitê, destacou a liderança e coragem de Machado na luta pela democracia na América Latina.
Este evento continuará a ser um ponto foco de intensos debates sobre os critérios e decisões do Comitê Norueguês do Nobel da Paz, refletindo as complexidades e divisões no âmbito da política internacional.
Especialistas questionam escolha de prêmio Nobel da Paz
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