Tensão Escala entre Estados Unidos e China com Novo Aumento de Tarifas
Brasília, 8 de Agosto – Em uma resposta direta aos recentes movimentos tarifários dos Estados Unidos, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, declarou nesta terça-feira que ações de "pressionar, ameaçar e chantagear" não seriam abordagens eficazes para interagir com a China. As declarações foram feitas durante uma entrevista coletiva logo após o anúncio dos EUA de impor uma nova tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses.
“A China adotará todas as medidas necessárias para proteger vigorosamente seus direitos e interesses legais,” afirmou Lin Jian. Ele alertou que, caso os Estados Unidos continuem a provocar guerras tarifárias e comerciais, a China está pronta para resistir até o final. A posição chinesa surge como uma reação à decisão americana, vista como uma escalada no conflito comercial que já preocupa mercados globais.
De acordo com a agência de notícias Xinhua, o porta-voz chinês criticou as práticas tarifárias americanas como indiscriminadas e acusou os EUA de violarem direitos legítimos de outras nações e as regulamentações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele descreveu essas ações como uma forma de "unilateralismo típico, protecionismo e intimidação econômica", ressaltando que tais práticas têm sido amplamente contestadas pela comunidade internacional.
Contexto das Tarifas
Este novo aumento é o terceiro em uma série iniciada em março, quando os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, introduziram taxas específicas de 20% sobre produtos chineses. Em abril, essa política se expandiu para incluir uma tarifa adicional de 34% sobre todos os produtos da China, como parte de uma guerra tarifária maior contra vários parceiros comerciais.
Com o anúncio mais recente, a tarifação total sobre os produtos chineses chegará a 104% a partir de quarta-feira, 9 de agosto. Em resposta, a China não só aumentou as tarifas sobre produtos estadunidenses para 34% mas também impôs restrições à exportação de terras raras – minerais essenciais para a fabricação de várias tecnologias modernas – e proibiu o comércio com 16 empresas americanas.
Este desenvolvimento representa um novo capítulo nas relações sino-americanas, que têm visto uma série de altos e baixos durante os últimos meses. As implicações dessas políticas são vastas, afetando não apenas o comércio bilateral mas também a estabilidade econômica global.
As consequências dessas medidas continuarão a ser observadas conforme os mercados reagem e as negociações futuras se desdobram no cenário internacional.
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