Cinemateca do MAM Celebra 70 Anos com Reabertura e Programação Diversificada
Rio de Janeiro – Após oito meses de reformas, a Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro reabriu suas portas em março, marcando o início das celebrações de 70 anos de atividades. O espaço querido tanto por cinéfilos de longa data quanto por jovens estudantes e entusiastas do cinema, retoma as sessões com melhorias significativas e uma programação ampla que promete atender aos variados gostos de seu público.
A reforma do Auditório Cosme Alves Netto, nome que homenageia um importante cineclubista e diretor da cinemateca no período de 1965 a 1988, custou cerca de R$ 790 mil. “Este investimento foi possível através de apoio do Ministério da Cultura, editais da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do RJ e da RioFilme, parte da Lei Paulo Gustavo”, explicou o coordenador-geral da Cinemateca, José Quental. O espaço foi modernizado com uma nova tela de projeção, cabine revitalizada, sistemas de áudio e iluminação atualizados, além de novos mobiliários e equipamentos que garantem acessibilidade nas sessões.
Quental destacou o retorno de antigos frequentadores e o aumento da presença de jovens e estudantes na cinemateca, que se deve em parte às parcerias estabelecidas com universidades como UFRJ, UFF, PUC-Rio e Uerj. "Estamos percebendo uma agradável mescla de gerações, trazendo uma renovação ao nosso público", acrescentou.
A reabertura foi celebrada com a exibição do filme "Salomé", premiado no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, seguido de um debate com o diretor André Antônio. Além disso, a programação regular da Cinemateca inclui obras clássicas de renomados cineastas como Jean-Luc Godard e Alfred Hitchcock, bem como filmes contemporâneos e atividades como palestras e cursos, contribuindo para a formação e difusão de uma cultura cinematográfica rica e diversificada.
“A pessoa tem que abrir a programação do mês para descobrir algo que ela não conhece e rever outras, ou ter experiências de cursos. Há uma oferta variada de filmes", disse Quental. Em maio, o espaço sediará a 14ª edição do Urano Filme Festival, que aborda a questão nuclear, e o curso Cosmopoética com a Desobediência, em cooperação com a Antropologia da UFRJ.
O cineasta Gregorio Gananian, que dirigiu filmes como "Sinfonia de Jards" e "Inaudito", comemorou a reabertura do espaço, destacando a importância da Cinemateca do MAM como um local mítico no cenário cultural do Brasil.
José Quental ainda acrescentou sobre a importância do suporte governamental. "A reforma foi possível graças a editais como o da Lei Paulo Gustavo, o que reflete o engajamento que esperamos dos níveis federal, estadual e municipal no apoio à cultura", concluiu.
A Cinemateca do MAM, desde sua criação em 1948 e oficialmente inaugurada em 1951, continua sendo um pilar na preservação e exibição do cinema nacional e internacional, proporcionando ao público carioca e aos visitantes uma janela rica em educar e entreter através da magia do cinema.
Renovação do público reforça o perfil da histórica Cinemateca do MAM
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